Convidado, o presidente da ABCG – Santa Casa, Dr. Esacheu Nascimento, prestou contas aos vereadores de Campo Grande sobre os atendimentos realizados pelo hospital em 2016 e também sobre os recursos repassados à instituição no período, bem como sua aplicação. Utilizando a projeção em uma tela visível a todos, Nascimento explicou as quantidades relativas a todos os procedimentos efetuados no ano fiscal em questão e dimensionou os recursos repassados para a cobertura dos respectivos custos, inclusive o déficit imposto ao hospital pelo sub-financiamento.
Desde a quantidade de exames realizados até a produção hospitalar geral, todas as quantidades foram apresentadas, separando, inclusive, de quais tipos foram. O presidente passou, também, pela explanação de internações, consultas ambulatoriais, cirurgias e demais atendimentos ocorridos em toda a instituição no período, não deixando uma única dúvida dos vereadores sem a devida demonstração dos fatos correspondentes.
Antes da explanação dos números o presidente foi convidado à Tribuna onde realizou um pronunciamento prévio e depois da exposição respondeu a questionamentos e dúvidas de todos os parlamentares solicitantes. Esacheu demonstrou que o atendimento realizado pela Santa Casa está muito além das verbas repassadas e realizou uma analogia entre a quantidade repassada e a produção, esclarecendo a distorção na interpretação das contas. Apesar de custarmos 22% do orçamento em saúde do município, fazemos 56% das cirurgias da Capital e 39% das do Estado, portanto somos o atendimento mais resolutivo e mais barato para o SUS no MS”, disse.
Uma divergência suscitada por fontes municipais havia confundido os parlamentares sobre os custos do hospital e o presidente esclareceu que a forma de coleta dos dados estava distorcida. “Dependendo a forma como se coleta dados nas ferramentas on-line do Ministério da Saúde, pode-se errar na conclusão. Em algumas apresentações aparecem apenas o procedimento principal realizado e não todo o conjunto do atendimento”, explicou.
Ao ocuparem o microfone para seus questionamentos, os vereadores elogiaram a Santa Casa e a seriedade do trabalho realizado por Esacheu Nascimento à frente da instituição e alguns suscitaram a necessidade de CPI ou auditoria nas contas do segmento de saúde da Capital. Um deles foi o vereador, Dr. Antônio Cruz, que falou sobre sua experiência no setor e sobre sua opinião quanto a aplicação dos recursos na área. “Na minha opinião não há que se falar em CPI na Santa Casa, mas sim em uma CPI na saúde da Capital”, enfatizou.
Além das explicações dadas em plenário, o presidente protocolou um relatório mais detalhado na secretaria da Câmara e deixou claro aos vereadores que o hospital está de portas abertas para todos os cidadãos que precisarem do atendimento e também a todos os vereadores que desejarem ver de perto qualquer documento da instituição para comprovar a lisura de suas contas.