A Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Mato Grosso do Sul, localizada na Santa Casa de Campo Grande, realizou mais uma captação de órgãos e, na ocasião, foram captados o fígado, os rins e as córneas. Na ocasião também foi realizada a primeira captação de coração de 2017 e a 13° de órgãos do ano.
O coração do paciente seria encaminhado para Brasília, todavia uma anomalia do órgão percebida no momento da perfusão fez com que os médicos alterassem o plano. Os especialistas avaliaram que o risco imposto ao receptor poderia ser mais alto do que em seu estado atual, e abortaram o transplante do órgão. O fígado foi encaminhado para a cidade de Curitiba/PR, um dos rins foram para Fortaleza/CE e outro para Uberlândia/MG. As córneas permaneceram no Banco de Olhos da Santa Casa. Para que a operação ocorresse com sucesso, a OPO contou com o apoio de duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) .
Com a confirmação de morte encefálica a partir dos exames protocolares a OPO entrou em ação para fazer o acolhimento dos familiares e promover a abordagem de consulta sobre doação. A coordenadora de enfermagem da OPO, Ana Paula das Neves, explica que o trabalho da Organização inicia com a detecção de potenciais doadores no Estado, a constatação do diagnóstico de morte encefálica e a manutenção dos órgãos.
A partir disto, a OPO estabelece o contato com familiares em busca do consentimento pela doação. Sendo de interesse dos familiares a doação dos órgãos, o passo seguinte é a busca de possíveis receptores nas listas estadual e nacional. Não existindo condições de transplante no Estado, a busca é realizada no Sistema Nacional de Transplantes, esta é feita pela Central Estadual de Transplantes. Localizados os receptores compatíveis, inicia-se uma operação de precisão, que necessita cumprir horários rigorosamente para que sejam respeitados os prazos máximos necessários para que cada órgão seja transplantado com a menor margem de erro possível.