Empregados no comércio de Mato Grosso do Sul querem a renúncia do presidente Michel Temer, por conta das comprovadas denúncias do Ministério Público sobre o envolvimento dele em crimes de corrupção e formação de quadrilha. “Não dá mais! O presidente extrapolou toda tolerância da opinião pública brasileira”, justificou Pedro Lima, presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS, que aponta a renúncia como única saída para o presidente.
A federação, formada por sindicatos de comerciários de todas as regiões do Estado, está convocando não apenas comerciários e trabalhadores das áreas de serviços, mas a população em geral para a mobilização e paralisação prevista para esta sexta-feira (30) em todo País. “Faremos manifestações na Capital e interior do Estado, em protesto às reformas previdenciária e trabalhista, que penalizam os trabalhadores. Também vamos reforçar o pedido para que ele (Michel Temer) renuncie ao mandato”, afirmou Lima.
A Fetracom está orientando seus sindicatos filiados para que paralisem suas atividades de atendimento ao público nesse dia (30) e que engrossem as manifestações que forem feitas em cada cidade/base “em protesto a esse governo ilegítimo e impopular que tenta a todo custo aprovar reformas que precarizam o trabalho e acabam com a aposentadoria”, afirmou Pedro Lima.
A entidade também está orientando as lideranças sindicais para que façam contato com a opinião pública e a população em geral, sobre a gravidade dos problemas que o país está enfrentando não só com as ameaças vindas por intermédio das reformas, mas também pela má condução moral e política da maior autoridade do país, o presidente da República, envolvido, comprovadamente pelas investigações da Polícia Federal e Ministério Público, em atos e ações de corrupção e roubo de dinheiro público.
“Esses são fatos profundamente lamentáveis, por isso não vemos outra alternativa senão a de pedirmos a renúncia do presidente e que nosso parlamento seja ágil na elaboração de uma emenda à Constituição da República para permitir que o País faça eleições diretas já”, argumenta Pedro Lima. Para ele, só o voto popular, elegendo novo governo, é que vai dar credibilidade para a retomada do desenvolvimento do país.
A Fetracom/MS acredita também que só um novo governo poderá ser capaz de efetuar as reformas necessárias, sem entretanto, provocar tamanha perda e dor aos trabalhadores brasileiros, como as reformas que estão em tramitação no Congresso Nacional, hoje, proporcionariam.