O FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, entrou nas investigações da morte do galerista Brent Sikkema, no Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira (1º), agentes do Federal Bureau of Investigation estiveram no local do crime, no Jardim Botânico, ao lado de promotores de justiça norte-americanos, policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DH) e membros do Ministério Público Federal (MPF).
Brent, de 75 anos, foi encontrado morto em casa no dia 15 de janeiro, com 18 facadas. Ele era sócio de uma das galerias de arte mais prestigiadas de Nova York e representava grandes artistas, inclusive brasileiros.
Em uma cooperação internacional, o trabalho feito pela Polícia Civil do RJ está sendo compartilhado com autoridades norte-americanas. A vistoria nesta segunda durou 2 horas e meia.
Suspeito monitorado
Ex-marido de Brent e apontado como mentor do crime, o cubano Daniel Garcia Carrera cumpre prisão domiciliar com tornozeleira desde março, mas por suposta fraude no passaporte.
As investigações da DH mostraram que quem executou o crime foi o cubano Alejandro Triana Prevez. Segundo a polícia, o assassino ficou 14 horas dentro de um carro observando a movimentação da casa antes de entrar e executar o galerista.
A polícia identificou o carro pelas câmeras de segurança da rua. As imagens mostram Alejandro entrando na casa do galerista e ao sair, depois de 14 minutos, tirando um par de luvas que usava, antes de voltar pro carro.
Alejandro foi preso numa rodovia de Minas Gerais. Ele estava de carro e levava 3 mil dólares. Os investigadores disseram que Alejandro queria fugir para a Bolívia.
Em depoimento, ele confessou que matou o galerista a mando de Daniel. O assassino contou aos policiais que Daniel mandou a chave da casa de Brent e ainda criou uma linha de comunicação segura entre eles para trocar informações sobre o crime.
O ex-marido do galerista foi indiciado pela polícia do RJ como mandante da morte. Segundo as investigações, depois da separação, Brent retirou Daniel do testamento. O ex então passou a pedir valores milionários ao galerista, que não deu o dinheiro.
Daniel vive nos Estados Unidos, onde estava no momento do crime. A Justiça do RJ pediu a extradição dele.