Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MP-MS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu mandados de prisão preventiva contra o diretor do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG) Fúlvio Ramires da Silva, três agentes penitenciários e outros dois investigados pela operação Chip.
A ação faz parte da segunda fase da operação, deflagrada nesta segunda-feira (10), que investiga o sistema prisional de Campo Grande. Os mandados foram expedidos pelo juízo da 2ª Vara das Execuções Penais de Campo Grande, Mário José Esbalqueiro Junior.
A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informa que está acompanhando a ação do Gaeco que resultou na prisão preventiva de três servidores penitenciários que atuam no IPCG. O quarto servidor citado já estava preso e teve a prisão temporária transformada em preventiva.
Segundo a Agepen, a dispensa do diretor do IPCG do cargo já foi providenciada para não atrapalhar a continuidade dos serviços no presídio. A Corregedoria da Agepen acompanha o caso.
Fúlvio havia sido detido em flagrante durante a primeira fase da Operação Chip por porte ilegal de arma de fogo. Na época, pagou fiança de R$ 900 e foi liberado.
Os promotores de Justiça investigam inúmeras ilegalidades, como os crimes de corrupção (ativa e passiva), peculato, inserção de telefones celulares nos estabelecimentos penais, tráfico de drogas e associação ao tráfico. Na primeira fase da operação houve apreensão de documentos e objetos ilícitos, além da oitiva de testemunhas e prisões.
O nome da operação Chip refere-se a um dos alvos que é agente penitenciário, suspeito de inserir celulares e chips no interior do IPCG.
Outras operações
Em maio de 2017, o Gaeco fez operação contra corrupção no presídio de regime semiaberto de Dourados. A ação levou o nome Apanágio e foi resultado de aproximadamente seis meses de investigações voltadas a apurar crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva e associação criminosa.
Em janeiro também deste ano, outra operação do Gaeco. Diretor-presidente da Agência Estadual de Administração Penitenciária (Agepen) de Mato Grosso do Sul, na época, Airton Stropa, teve o celular apreendido durante a ação.
G1 MS