As mais recentes semanas de moda de Nova York, Paris, Milão e Londres tiveram um número recorde de modelos com mais de 50 anos: 27, de acordo com o site Fashion Spot. Entre as tops dessa leva de desfiles está Maye Musk, 69, mãe do bilionário da tecnologia Elon Musk -nome à frente da Tesla, fabricante de carros elétricos e de baterias. “Nunca trabalhei tanto nos últimos 50 anos como o fiz em 2017”, diz ela.
Só nos últimos anos ela assinou um contrato com a IMG Models, agência que representa tops como Gisele Bündchen e Gigi Hadid, apareceu nas capas de revistas como New York Magazine, Elle e Vogue e se tornou embaixadora de uma marca de cosméticos americana.
Uma avó elegante, com dez netos, Maye acredita que ter deixado os cabelos brancos ajudou sua carreira.Ela, que é nutricionista, conta que é preciso cuidado redobrado com a alimentação para conseguir manter o manequim de modelo.
“Preciso planejar todas minhas refeições e meus lanches senão o trem sai do trilho e ganho peso. Aí leva duas semanas de dieta rigorosa para perder. Visto manequim 38, não sou tão magra”, fala.
Debra Bourne, diretora da All Walks Beyond the Catwalk, que promove diversidade na moda -de idade, tamanhos, etnias– atribui às redes sociais muito do sucesso de uma mulher mais velha no mercado de modelos.
https://www.instagram.com/p/BeVgHpNDwDd/?taken-by=mayemusk
“Com o crescimento das redes sociais em plataformas como o Instagram, temos visto exemplos bem-sucedidos de modelos mais velhas que conquistaram uma enorme audiência”, diz Bourne, que é também psicoterapeuta e já foi editora de moda.
Este é o caso de Maye, que posta com frequência fotos no Instagram, onde soma 90 mil seguidores. “Há menos competição quando você é mais velha, mas também já menos trabalhos”, ela pondera. “Se você continua trabalhando e postando seus trabalhos, você consegue conquistar mais seguidores. E também pode ser chamada para trabalhos diretamente ali, sem ter que ir a testes.”