O Sistema Único de Saúde (SUS), uma conquista histórica do povo brasileiro, enfrenta uma crise sem precedentes, refletida em longas filas de espera, hospitais superlotados e tempos de espera inaceitáveis para atendimento e cirurgias. 80% da população brasileira depende exclusivamente do SUS.
Com relatos de pacientes aguardando mais de 11 horas por um atendimento básico, e filas de espera de mais de 6 meses para a realização de cirurgias essenciais, é evidente que o atual modelo do SUS não está atendendo às necessidades da população de forma eficaz.
A descentralização através das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), embora tenha sido uma tentativa de aliviar a demanda nos hospitais centrais, revelou-se insuficiente para resolver os problemas fundamentais de acesso e qualidade nos serviços de saúde.
“O atual cenário do SUS é alarmante e exige uma ação imediata”, afirma Mara Machado, CEO do Instituto Qualisa de Gestão (IQG). “Não podemos mais aceitar que os brasileiros enfrentem condições tão precárias de atendimento médico, colocando em risco sua saúde e bem-estar”, ressalta a executiva.
Diante desse contexto crítico, é necessário um esforço conjunto do governo, profissionais de saúde, instituições acadêmicas e a sociedade civil para remodelar o SUS e garantir um sistema de saúde acessível, eficiente e de qualidade para todos os brasileiros.
Para a CEO do IQG está mais do que na hora de agir, de remodelar este atendimento e criar uma Política Nacional de Qualidade para dar uma sustentabilidade ao setor. “Caso nada seja feito vamos viver um colapso na saúde pública”, ressalta.
“A remodelação do SUS não é apenas uma questão de política de saúde, mas sim uma questão de justiça social e direitos humanos”, destaca Mara. “Todos os brasileiros têm o direito constitucional a um sistema de saúde público, gratuito e de qualidade, e é nosso dever garantir que esse direito seja respeitado e cumprido.”
A saída, na visão dela, está na própria criação do SUS: criar redes integradas por território, ou seja, cuidar das pessoas por região e de forma unificada e multidisciplinar. “Desta forma, evitamos as longas filas e as idas e vindas da população nos postos de saúde por diversos bairros”, finaliza.
Além das redes integradas por território, Mara destaca outras medidas urgentes a serem consideradas, como:
– investimento em infraestrutura e recursos humanos para aumentar a capacidade de atendimento nos hospitais e unidades de saúde;
– implementação de políticas de gestão eficazes para reduzir os tempos de espera e melhorar a eficiência dos serviços de saúde;
– priorização da prevenção e promoção da saúde para reduzir a demanda por serviços de emergência;
– ampliação do acesso a serviços de saúde básicos e especializados em todas as regiões do país;
Mara Machado é CEO do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), que há 30 anos capacita pessoas e contribui com as instituições de saúde para reestruturar o sistema de gestão vigente, impulsionar a estratégia de inovação e formar um quadro de coordenação entre todos os atores decisórios.
O IQG vem trabalhando com parceiros internos do setor e externos para favorecer a geração de novas frentes para o sistema e colocar os prestadores de serviços em posição mais ativa.
Atua no desenvolvimento de novas e modernas soluções para atender com agilidade as exigências do mercado atual.